Gostos e Desgostos
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
domingo, 16 de março de 2014
Desgosto
Chico Buarque
"O Chico Buarque... elogia Cuba, mas não quer morar lá. No Brasil o Chico publica o livro que quer, faz a poesia que quer, canta a canção que quer, fala mal do governo - um cara que faz tudo isso não vai querer morar num país onde não se faz nada disso, né? Então é mentira. É a mesma coisa do esquerdismo. O cara não tem coragem de dizer que Cuba é uma ditadura. Era um sonho maravilhoso e não deu certo. Eu passei a minha vida quase toda sendo comunista, fui preso, mas voltei a pensar e vi que tava errado. O propósito de Cuba é o melhor e mais generoso possível: - querer a sociedade justa. Só que tá provado que o caminho não é esse e as pessoas não têm coragem de dizer. As pessoas vivem de mentira, é tudo hipocrisia, uma cretinice... Já pensou que não existe mais opinião? Tudo é preconceito. Qualquer opinião que contraria o que está estabelecido é preconceito". Ferreira Gullar, em entrevista à revista piauiense Revestres, Jan/Fev 2014.
sábado, 3 de dezembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
Ser Carioca♥
Ser carioca é estar sempre de bem com a vida. É estar em paz com o mundo. É um estado do espírito.
Ser carioca é sentir na boca um gosto insípido de segunda-feira.
Ser carioca é sair para o trabalho com um samba na alma. É pensar na morena, na mulata e na sexta-feira que vem.
Ser carioca é dormir bem tarde, só pra não ter que acordar cedo.
Ser carioca é comer feijoada; é falar de política; é ser fã do Drummond. É flertar com a lua, sendo amante do sol.
Ser carioca é brincar com cachorro, é gostar de criança, é gostar de verão. É um jeito de fazer poesia com a vida.
Ser carioca é o papo com o amigo, regado a chopinho. É ver a gíria da esquina na novela das oito. Ser carioca é estar no front da vida.
É dar bom dia para a vida, é ser Mangueira, é ser Portela, é ser Salgueiro.
Ser carioca é receber um paterno abraço do Cristo Redentor sempre que estiver sob sua égide protetora.
Ser carioca é cultuar a praia e o amor à natureza. É brigar pelo índio.
Ser carioca é gostar do turista, é cobrar os direitos humanos, é não gostar de poluição. É zelar pela paz interior e rezar pela paz no mundo.
Ser carioca é a ginga no corpo, a malícia no andar e o batuque na mão.
Ser carioca é gostar de dormir, é gostar de sonhar. É a “fezinha no bicho” para a realização de um sonho ainda maior.
Ser carioca é a coisa mais linda, mais cheia de graça, é ser carinhoso, é ser um chorão. É venerar o Vinícius, é louvar Pixinguinha. | ||||||
Ser carioca é essencial.
Carioca, Coisa de Carioca, História do Rio♥
A história do Biscoito O Globo
Feijoada? Que nada, o verdadeiro prato ícone carioca é o Biscoito Globo. Feijoada você consegue comer em qualquer lugar do mundo, mas o Biscoito O Globo só no Rio de Janeiro mesmo. É parte da cultura carioca e o vendedor deles da paisagem carioca.
Seja na praia ou no engarrafamento. Inclusive, no texto sobre “Ser Carioca” fala do biscoito:
Usar os engarrafamentos para comprar biscoito Globo e apreciar a paisagem.
E até nos “Momentos Históricos do Rio de Janeiro” compilados pela Veja Rio, está lá o Biscoito Globo. No texto “Carioquices” do André Delacaerda, também está lá. Até item de decoração já é…
De acordo com o site do Biscoito Globo, a história teve início no ano de 1953 quando os irmãos Milton, Jaime e João Ponce, em virtude da separação dos pais, foram morar com um primo que possuía uma padaria no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Os irmãos aprenderam a fazer biscoitos de polvilho com o primo, os quais eram vendidos nas ruas da capital paulista.
Em 1954, aproveitando o grande contingente de um congresso eucarístico no Rio de Janeiro, os irmãos Ponce resolveram vender seus biscoitos na capital carioca. Com base no sucesso das vendas os irmãos Ponce anteviram que, dadas as características do biscoito, o Rio de Janeiro seria o mercado ideal para seu produto.
O biscoito de polvilho foi batizado com o nome Globo, homônimo à padaria para a qual foram contratados, localizada em Botafogo. Iniciava-se então a história dos famosos biscoitos de polvilho. O ano era 1955 e os biscoitos eram vendidos nesta padaria e em mais sete outras, dos mesmos proprietários.
Notando a grande demanda pelo biscoitos, os irmãos Ponce passaram a vender o produto para outras redes de padarias e em 1963 formaram sociedade com um português, expert em pães, o Sr. Francisco Nunes Torrão, que se mantém até hoje. Esta nova empresa foi denominada oficialmente Panificação Mandarino Ltda.
Até Quando? Gabriel O Pensador
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Gosto♥ Casa Arrumada! ( Carlos Drummond de Andrade)
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Desgosto crianças pobres
Crianças em áreas urbanas pobres têm dobro de probabilidade de morrer
Crianças das áreas urbanas mais pobres têm o dobro de probabilidade de morrer antes de completar 5 anos, se comparadas às crianças que vivem em regiões ricas das cidades. A conclusão é de um estudo elaborado pela agência das Nações Unidas para a habitação (UN-Habitat) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As informações são da BBC Brasil. No Brasil, a taxa geral de mortalidade antes dos 5 anos é de 20 a cada mil nascimentos. Nas Américas, essa taxa em áreas urbanas ricas é cerca de 30 e quase dobra nas áreas urbanas mais pobres. Na África, pode chegar próximo de 140 nas áreas urbanas empobrecidas.“Olhando para além dos efervescentes centros de consumo e edifícios, as cidades do mundo hoje contêm cidades escondidas, onde pessoas sofrem desproporcionalmente com más condições de saúde. Nenhuma cidade está imune a esse problema”
Postado por Nossos brasileirinhos
sábado, 13 de novembro de 2010
PONTO DE VISTA: POBREZA, DESIGUALDE E SERVIDÃO
PONTO DE VISTA: POBREZA, DESIGUALDE E SERVIDÃO: "O Brasil tem um problema gravíssimo de distribuição de renda. De acordo com o índice de Gini, nosso país está entre os mais desiguais do mu..."
Bolsa família não é, e nunca será a solução, mas educação só assim dará oportunidade de emprego e informação dos nossos dirigentes!...Fora Bolsa esmola!
Bolsa família não é, e nunca será a solução, mas educação só assim dará oportunidade de emprego e informação dos nossos dirigentes!...Fora Bolsa esmola!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Gosto♥ Ruth Cardoso
Ruth Vilaça Correia Leite Cardoso
* Araraquara, SP. – 19 de Setembro de 1930 d.C
+ São Paulo, SP. 24 de Junho de 2008 d.C
* Araraquara, SP. – 19 de Setembro de 1930 d.C
+ São Paulo, SP. 24 de Junho de 2008 d.C
Antropóloga brasileira, professora da Universidade de São Paulo. Era casada com Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil. Durante o mandato do marido, fundou e presidiu o Comunidade Solidária, atual Comunitas, organização responsável por programas sociais e de voluntariado. Morreu em sua residência, em decorrência de problemas cardíacos, um dia após realizar cateterismo cardíaco e receber alta hospitalar.
Formação acadêmica
Foi doutora em antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e, como docente e pesquisadora, atuou na USP, Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso/Unesco), Universidade do Chile (Santiago do Chile), Maison des Sciences de L’Homme (Paris), Universidade de Berkeley (Califórnia) e Universidade de Columbia (Nova Iorque).
Era membro associado do Centro para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Cambridge (Inglaterra) e membro da equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap – São Paulo).
Publicou vários livros e trabalhos sobre imigração, movimentos sociais, juventude, meios de comunicação de massa, violência, cidadania e trabalho.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Gosto♥ Carioca irado!!
Ainda bem que nem tudo está perdido!...Gosto de ver que ainda tem carioca com entendimento dos nossos governantes!!!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Desgosto do café brasileiro
Chocolate e café no Brasil: gosto ou desgosto?
Publicado por Glauco
[Post atualizado. 10/abr/2010]
-
chocolate de terceira (quinta?) categoria. E caros! (abuso de fabricantes + impostos amargos que o governo enfia em nosso coração como uma faca)
No Brasil, chocolate está cada vez pior. Saudade da minha infância… Até Bis,Sonho de Valsa e Batom eram bons!
Sabe quando você comerá chocolate realmente de primeira categoria? Quandoviajar para o exterior. Aproveite! Compre em qualquer lugar! Chocolates baratos, inclusive! Abuse! Traga vários para o Brasil!
Mesmo quando se trata de produto mais caro, mais “selecionado”, o brasileiro não tem mais acesso ao boooooom chocolate que se vê lá fora. Hoje, o mais próximo, aqui, é a linha Kopenhagen — principalmente o chocolate chamado Língua de Gato. A Cacau Show também oferece uns bons produtos. Ah, comprar chocolate importado? Estranhamente, não é igual. Por que será?…
Você come algum chocolate vendido no Brasil… e gosta? Sinto muito: você pensaque conhece chocolate. Dependendo de sua idade, já comeu chocolate gostoso por aqui, muitos anos atrás. Mas pode ter esquecido o verdadeiro sabor,acostumando-se com o sabor atual. É como a pessoa com boa visão que fica míope no decorrer de alguns anos: como o declínio da visão é gradual, a pessoa sempre pensa que a maneira como enxerga é correta; um dia, quando coloca óculos ou lentes de contato, é um choque, a pessoa redescobre o mundo, percebe quanto enxergava mal.
A situação é irritante. Em países desenvolvidos, o chocolate barato é gostoso. Chega a ser ofensa compará-lo com chocolates vendidos no Brasil. Na Holanda, por exemplo, comprei chocolate COMUM em supermercado, produto de apenas $1,5 euro, e até hoje o sabor marca no meu paladar. Trouxe vários para casa. Um chocolate baratinho em Portugal também humilhou o chocolate vendido no Brasil. Um produto da Nestlé (esqueci o nome, me desculpem) muito vendido no Brasil, meio caro e sem graça, é vendido também na França; comprei em Paris… e nem pude acreditar na enorme diferença. O mesmo produto, mas com caprichos diferentes na produção, no sabor.
Sim, é irritante. Mostra a falta de respeito com que a indústria em geral trata o brasileiro. Parece que dizem: “Ah, pra esse povo aí qualquer coisa serve! A gente capricha pros outros!”. Não nos respeitam mais nem quando se trata de produto mais caro!
Pior: isso não se resume a chocolate. Ahn? Acha exagero meu? OK. Aqui vai mais uma: veja as frutas que compramos em nossos supermercados, depois observe as frutas que os países desenvolvidos compram de nós. Ficará confuso, pensará que não são frutas do mesmo país. Sim, há frutas de boa qualidade por aqui, mas nota-se a diferença nas exportadas. (“Para brasileiros, a qualidade inferior.”)
Olhe bem para mim. Eu sou o café tomado no Brasil. |
Oooooooouuuuuuuuummmmmmmmmmmmmm…
Café é outra tristeza! Mas atenção: aqui eu falo para o “cafeólatra”, como eu — a pessoa que aprecia café, não toma só por tomar, por vício; a pessoa que deseja um café forte e encorpado. Eu simplesmente não encontro, no Brasil, mais nenhum café digno de elogio. Há, no máximo, o café razoável.
“Ah, mas o Brasil é o tradicional produtor e exportador de café! Nós temos o melhor do planeta!” Realmente! Mas não para consumo interno. Se você nunca foi para país desenvolvido, gosta de algum café daqui e me acha agora um exigente chato, sinto dizer que você não sabe o que pensa em relação a café. Você pensa que conhece o verdadeiro bom café. Pode ter tomado um café melhor no passado. Vale aqui o mesmo exemplo do míope.
Mais uma vez, o desrespeito ao brasileiro. Separa-se o melhor grão para envio a outros países. Para nós, pobres brasileiros, o café COMUM… ou o RUIM… ou o HORRÍVEL.
Todo mundo lá fora conhece a fama do Brasil em relação a café. (Aliás, a fama não passa disso: café, samba, carnaval, futebol. Ponto final.) Aprecia-se o grão brasileiro como o melhor. E é mesmo: o Brasil produz o melhor café do planeta. Mas boquinha de brasileiro, em território verde e amarelo, não prova o café delicioso.
Em outros países, entro em várias cafeterias. É uma paixão. Quando falo que sou do Brasil, muitos dizem: “Oh, um brasileiro, alguém que conhece mesmo café! Toma o melhor do mundo!”. Aaaaaah, tá!…
Em Paris, uma pessoa chegou a dizer que tinha inveja (!) de mim, pelo café que eu tomo no meu dia-a-dia. Que francês iludido e desinformado! Ainda tinha conceito inverso: o melhor ficaria no Brasil, em vez de ser exportado. Tadinho do francês!
Em Amsterdã, o simpático atendente de uma inesquecível cafeteria disse, com orgulho, que só usa grão brasileiro. E que ia caprichar muito no meu café, para que eu ficasse feliz tomando ali um café como o que eu tomo em minha rotina no Brasil. Eu disse: “Que bom! Finalmente um bom café! Precisei enfrentar 11 horas de viagem, atravessar oceano… para tomar coisa boa de verdade!”. Ele se assustou, aí eu expliquei. Aliás… que café!!! Minha nossa! Aquilo não se toma no Brasil, não! Como pode ser grão brasileiro?! (Para conhecer essa cafeteria, clique aqui e leia um outro post do blog.)
Dos Estados Unidos eu nem falo, porque lá eles compram grão de qualidade para “estragar” depois. Para mim e para os apreciadores de café, o café do jeito que eles tomam é “heresia”. Um chá. Nada como um café na Europa (em qualquer país).
Tenho máquina de espresso (com s mesmo) em casa. Mas não consigo o mesmo prazer. Quero AQUELE café da Europa. Aquele café BRASILEIRO! Por que não tenho esse direito?!
Dias atrás, minha mãe comprou, num supermercado daqui de Brasília, um pacote com grão de qualidade “superior”. Pagou umas 6 vezes mais caro que o pacote normal. Confesso que o café era melhor, mas ainda assim estava longe do café brasileiro que se toma na Europa. Não vale gastar dinheiro a mais.
Ah! Os preços! Lá vem exploração no Brasil, lá vem imposto demoníaco! Como se justifica o preço de um espresso no Brasil? Em Portugal, por exemplo, este ano mesmo, o mais caro que paguei por um expresso daqueles foi 1 euro. É comum pagar 80 centavos de euro. Em uma ótima cafeteria de um shopping luxuoso de Lisboa, paguei… 65 centavos! Isso depois de eles importarem o nosso café?! Então como se justificam os preços no Brasil??? Vale lembrar: o europeu já ganha em euro; não converte moeda. A realidade deles é pagar aqueles centavos por um café que nós não sonhamos em tomar no Brasil!
Como sempre, em TODOS os setores, os preços no Brasil são um delírio injustificável e incompreensível.
Se você viajar para a Europa… abuse com café e chocolate! Gastará pouco… e terá alta qualidade na boca.
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(Republicação deste post. Revisto e atualizado.)
sábado, 24 de julho de 2010
Desgosto de acordar cedo!
Gosto♥ A Janela dos Outros
A Janela dos Outros (Martha Medeiros)
No livro, de ficção ( os desafios da terapia) do psiquiatra Irvin Yalom, ele discute alguns relacionamentos padrões e reais entre terapeuta e pacientes...
Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai.
Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem.
Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada..
A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney.
E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.
Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga.
Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído,
Como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista.
E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.
Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro.
O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.
A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso.
Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança.
Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias.
Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade.
Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem. Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho.
Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contra partida, me tira a certeza de tudo.
Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar.
Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos,
Que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.
É o triunfo da dúvida. Vale a pena pensar nisso!!!!!!!
No livro, de ficção ( os desafios da terapia) do psiquiatra Irvin Yalom, ele discute alguns relacionamentos padrões e reais entre terapeuta e pacientes...
Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai.
Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem.
Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada..
A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney.
E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.
Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga.
Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído,
Como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista.
E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.
Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro.
O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.
A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso.
Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança.
Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias.
Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade.
Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem. Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho.
Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contra partida, me tira a certeza de tudo.
Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar.
Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios. E a sabedoria recomenda que falemos menos,
Que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.
É o triunfo da dúvida. Vale a pena pensar nisso!!!!!!!
sexta-feira, 23 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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